quarta-feira, julho 27, 2005

adoeci de calar.
de não acusar a falsidade,
de sair do jogo
à francesa, cuidando pra não fazer alarde.

adoeci de solidão.
aquela que mora lá no fundo
e fica só esperando o barulho acabar.
adoeci de voltar sozinha com as minhas coisinhas
pro fundo do mar
pro escuro do mar.
os sons ficaram distantes de repente
e...
silêncio...

adoeci de voltar sozinha pro fundo de mim.