terça-feira, dezembro 27, 2005

Um brinde ao primeiro de muitos não-boicotes!!!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

"Hoje eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado,
de bater na porta do vizinho e desejar bom-dia,
de beijar o potuguês da padaria."

Zeca Baleiro

sexta-feira, novembro 18, 2005

sim, ela voltou a escrever.

hoje é meu aniversário. dia de ficar feliz.

conheço poucas pessoas que sejam tão entusiastas do próprio aniversário como eu. eu acho o máximo receber afeto de todo mundo, até das pessoas menos esperadas. as coisinhas pequenas que as pessoas dizem e fazem já são o máximo pra mim.
acho até a data bonita: DEZOITO DE NOVEMBRO... tente ler em voz alta, é uma data com uma sonoridade própria e peculiar e interessante... dá pra encher a boca pra dizer...

eu normalmente tenho problemas em ficar feliz em datas marcadas pra se ficar feliz: natal, ano-novo...essas coisas... todo ano eu fico um pouco apreensiva quando o meu aniversário está chegando: e se eu não ficar feliz? mas é impressionante, começa o meu dia e tudo parece funcionar, eu entro num outro astral, acho tudo divertido e afetuoso...

amanhã vai ter minha festinha. festinha mesmo, vai ser de criança, com decoração da moranguinho, balão-surpresa e lembrancinha, tenho me divertido muito preparando tudo, e acho que vai ser muito divertido amanhã.

bom, ta aí. to um pouco enferrujada, mas escrevi.
em breve voltarei!

segunda-feira, setembro 12, 2005

Muito tempo sem escrever...

Não por falta de atividade interna, só vontade de me guardar um pouco pra mim. Pra mim e pra quem está por perto.

Novos ventos sopraram com força varrendo antigas estruturas e trazendo coisas boas...

Vejo movimento na próxima esquina, vou apressar o passo... bailarina que logo se alucina...

sábado, agosto 13, 2005

"Os que sonham acordados
têm conhecimento de mil coisas
que fogem àqueles que sonham adormecidos."

Wols

domingo, julho 31, 2005

Noite agradável.

Noite de ficar em casa lendo, escrevendo, vendo filminho.

Só tem uma tosse que me incomoda.

Tem algo martelando na minha cabeça, dizendo que eu deveria achar deprimente estar sozinha num sábado à noite. Mas não pareço estar triste...

Não estou mesmo com vontade de falar, acho que preciso ficar quietinha no meu casulo por um tempo, uma noite.

Hoje eu quis ficar sozinha, me deixei sozinha, tranquila.

Novos ventos soprando... hihi

quarta-feira, julho 27, 2005

adoeci de calar.
de não acusar a falsidade,
de sair do jogo
à francesa, cuidando pra não fazer alarde.

adoeci de solidão.
aquela que mora lá no fundo
e fica só esperando o barulho acabar.
adoeci de voltar sozinha com as minhas coisinhas
pro fundo do mar
pro escuro do mar.
os sons ficaram distantes de repente
e...
silêncio...

adoeci de voltar sozinha pro fundo de mim.

quarta-feira, julho 13, 2005

Ando muito atarefada ultimamente...

Mas ainda tem me sobrado tempo pra segurar a primavera ente os dentes... (não, não estou tão genial assim hoje, isso foi um plágio básico de uma música)

Tenho a sensação de que tenho muito a escrever, mas não tá rolando...

Quem sabe amanhã?

Por ora, posso contar o que tem acontecido com o meu computador. Ele só liga quando quer... Normalmente eu peço pra alguém dar uma olhada, daí a pessoa chega lá, e ele liga numa boa. Eu faço o que tenho que fazer, e no outro dia ele não liga mais... Isso já aconteceu umas três vezes... Acho que ele não gosta mais de mim, devo ter feito algo que ele não gostou...

Me poupem das explicações sobre qual pode ser o problema e como pode ser resolvido. Eu só sei apertar o botão e esperar ele ligar, no máximo dar uma mexida nos fios pra ver se tá tudo ligado mesmo. Não passo disso. De jeito nenhum. Vou ter que pedir pra alguém dar um jeito nele pra mim.

Semana que vem vou estar viajando... Vai ser o máximo... Comprei um cantilzinho pra levar bebida, daqueles pequenos de filme, sabe? Não, não vou me acabar tanto assim...

Bom, acabei escrevendo bastante até, né?

segunda-feira, junho 27, 2005

Ouvi alguém cantarolando uma música qualquer.

Passei a tarde deitada em cima de um sorriso, mergulhando no desatino e na insensatez.

Mais uma vez quis que me oferecessem um certo coração, antes que eu não possa mais acolhê-lo.

Assisti um filme que falava de amor e de passado, de inocência e perversidade, de ilusão e mal-estar.

Tenho vontade de um som que não consigo definir.

Onde está aquela voz que cantarolava?

domingo, junho 19, 2005

Trancrevo o meu horóscopo de hoje publicado na Zero Hora. Isto nunca tinha me acontecido, mas li assim, como quem não quer nada, e parecia que alguém tinha escrito olhando pra mim. Era exatamente como eu estava me sentindo. Aí vai:

" Escorpião:
No enlevo de emoções, sempre. Mas hoje um pouco mais de paz e leveza. Uma conquista, é claro. Caminho da consciência despertada cedo na vida, quebrando a cara no trajeto, dando ferroadas em si mesmo, precisando passar por tudo que já sabia como seria e, afinal, amadurecendo. No enlevo de emoções, começando tudo de novo, quantas vezes for."

terça-feira, junho 07, 2005

Hoje eu me encantei.

Vi movimento. Me encantei.

Algumas coisas parecem estar se acomodando. Desisti (ainda nao completamente) de acreditar em algumas mentiras minhas. Estou sendo reticente assim pra não começar a mentir de novo, e não gosto de inventar certezas...

Estou com raiva, muita raiva. Não sei se terei oportunidade de dizer toda essa raiva, talvez não. Vou dar um jeito de soprar ela toda pra fora, vou escrever uma carta desaforada, o que for... Não vou deixar isso me devorar, nem deixar tudo em compasso de espera novamente.

Estou com raiva de quem não me lê, não me liga, não sabe o que quer, não quer mais saber quem sou, não caga nem desocupa a moita, me arranca cada vez mais um pedaço quando me força a me desapaixonar, ergue uma parede achando estar protegido do mundo, e principalmente me dói. Cansei de dar soco na parede, cansei. Depois de muito tempo, entendi que dói.

Poucas vezes me expus tanto aqui, estou um tanto insegura...

Que se foda. Se isto não te interessa, não leia. Tem tanta coisa mais interessante pra fazer...

Estou só apostando no poder terapêutico na escrita.

Vamos ver como eu faço pra transportar tudo para a realidade...

segunda-feira, junho 06, 2005

Hoje eu me agredi.

Hoje eu quase não comi, além de coisas que não alimentam. Principalmente não falei. Mergulhei no meu casulo de proteção ilusória.

Fumei bastante, pra tentar morrer mais rápido, eu acho.

Me condenei a perder meu tempo pensando e sangrando uma perda que já aconteceu há muito tempo, uma perda que se repete infinitamente no meu plano de me agredir.

Me deixei sentada no sofá, inerte. Me deixei lá até o barulho incessante da televisão começar a me enlouquecer. Então, me deixei lá mais um pouquinho.

Levantei pra comer algo que não me faça bem e depois me deixar na frente do computador.

No meio da tarde, procurei um pouco mais da dor da qual não me convenço por completo.

Me condenei ao frio. Ao frio e ao silêncio.

...

Estou farta. Estou farta de tudo o que não é libertação.

quinta-feira, junho 02, 2005

Hoje eu comi batatas. Batatas, sardinha e um pouco de silêncio.
Quando você chegar eu vou querer dormir, eu sei.

Acendo um cigarro na janela que é pra poder respirar direito.

Meu corpo sente falta da rotina e do movimento. Do movimento que não termina. Do movimento que vomita, que devolve ao corpo um sentido do som.

Sinto vontade de sentir um gosto bom na boca, algo que suspenda o amargo pelo tempo que ele tem.

Não falta o movimento que é forma em si mesmo, "estou farto do lirismo que não é libertação".

Quero ir pra longe e ser grande. Tenho medo de fugir. Tenho medo de fugir ficando.

Pare de me olhar. Olhe-se no espelho e procure a beleza que tanto quer.

Tudo é tão branco... E volta a angústia do branco. Pinto tudo com todas as cores. E continuo vendo o branco lá atrás.

Preciso respirar. Acendo um cigarro.

quarta-feira, junho 01, 2005

Não to a fim de escrever...

Achei q tava, mas n to...

Foi mal...

terça-feira, maio 24, 2005

Paixão é artigo de primeira necessidade na cesta básica da vida: - da vida vivida até as últimas consequências.
Se pouca, é sinal de vida morna sem riscos de incêndio ou tempestade, dias sempre os mesmos e noites sempre iguais - ritual de tédio e morte que chamam de segurança.
Se grande, é marca de sofrimento e êxtase, lucidez e loucura, amor e ódio e todos os opostos juntos e ao mesmo tempo unidos pela terra, pelo ar, pela água e pelo fogo - diabolicamente divino - que transforma em chama ardente a breve aragem que a vida é e faz o peso da carga ser suave e o cansaço da viagem virar prazer.
Vai e enche de paixão os vazios que ficam de se ser sozinho no mundo, vai e tece com paixão a rede que abriga e aquece as pessoas as coisas e as relações, que tudo na vida é paixão - na vida comprometida com o que de mais humano nela há!

Geraldo Eustáquio de Souza

sábado, maio 21, 2005

Nos Poços

Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói. Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê.


Caio Fernando Abreu.

quarta-feira, maio 11, 2005

Uso muito lápis.

Vejo no lápis a insegurança de quem se vê disposto a, qualquer dia, desfazer o já feito.

O lápis está na incerteza, no não-definitivo, na falta de convicção.

Pode ser para alguém sinal de cautela, precaução, talvez até cuidado com aparência. Para mim não. Em mim, reflete o medo de assumir a efemeridade de cada momento, de cada gesto, da própria vida. Do outro lado da mesma moeda, o medo de assumir que cada gesto, cada momento na sua finitude é absoluta e irremediavelmente definitivo.

É o mesmo medo que me leva a ler tudo como se fizesse uma primeira leitura de uma série de repetições. Cada página como se fosse repetir-se infinitamente. Uma leitura que não é a leitura em si, mas o ensaio da futura leitura que tornará a acontecer e, no entanto, nunca acontecerá.

É este o mecanismo que me permite soltar o ar e desparalisar do medo.

O medo do definitivo.

Estou curtindo os comentários...

terça-feira, maio 10, 2005

de vez em quando o vazio volta.
hoje estou especialmente crítica, e censuro todas as idéias antes mesmo que termine de formulá-las. o caminho até o teclado do computador torna-se absurdamente longo.

estou cansada de ser mulherzinha e cansada de ser rebelde.

mas parece que nunca termino de ser mulherzinha e chorar no escuro e querer ser amada e não me sentir sozinha, ser mulherzinha e querer ser notada, querer ser linda e perfeitinha, fingir ter bons modos e bons gostos, fingir uma cacetada de coisas pra ser aceita e me sentir aceita e me sentir amada.

e parece que não termino de ser rebelde, de brigar com tudo, de odiar mulherzinhas e todos seus jeitinhos, de mostrar a língua e ver meus filmes, ler meus livros, como se isso levasse à redenção.

tô de saco cheio da ilusão que nunca acontece e da merda toda que funciona à minha volta pra que eu não veja a realidade.

não sei direito o que to dizendo. que merda. talvez devesse ter dado ouvidos à censura.

sábado, abril 30, 2005

fiquei muito tempo sem escrever.

pareço estar em paz.

não quero pensar muito nisso, tenho uma facilidade incrivel em achar problemas para me consumir.

meu coração está cheio, quente... algumas coisas parecem estar finalmente achando o seu lugar...

ainda estou num momento de definições, assim que a coisa descambar(pra um lado ou pro outro) volto a escrever mais...

sábado, abril 16, 2005

Meu cachorro tem uma ligação forte com a minha mãe. Normalmente, quando eu chego em casa, ganho só um rabinho abanando de leve. Quando a minha mãe chega, normalmente mais tarde, o bicho quase tem um troço. Faz uma festa correndo pela casa e gritando incansavelmente.

De uns dias pra cá, ele tem ficado particularmente feliz quando eu chego, com direito até a umas corridinhas frenéticas pela casa. Tem vindo me pedir comida, colo, carinho... essas coisas que cachorros precisam...

Não pude evitar de pensar... Será que ele sacou que eu escrevi sobre ele aqui?

terça-feira, abril 12, 2005

gosto dos ventos novos que sopram dentro de mim...

gosto de novas canções e de novas cores,

e das velhas novas coisas que tinha esquecido de gostar...

gosto do meu cabelo pintado e do meu jeito engraçado de falar nos dias que ainda estranho o

piercing na minha língua...

gosto do meu jeito de não gostar de roupas e sapatos desconfortáveis,

e de pessoas que falam como se estivessem discursando.

gosto do meu cachorro velho que ainda gosta das mesmas coisas que gostava há dez anos atrás e

gosta de me ver chegar todo dia, e às vezes leva um tempo pra perceber que cheguei, porque a

idade já levou um pouco da visão e outro pouco da audição...

quinta-feira, março 31, 2005

Mil coisas...
Mil coisas em gestação, ebulição total...

Estou em um dos meus períodos criativos, que eu gosto de chamar também de período fértil. Tudo que chega me transforma e se transforma. Estou atenta, tudo pode ser tragado, como na música de Caetano.
Tudo me toca.

Às vezes parece que vou explodir de tanta idéia...

Logo depois vem a impotência que me tolhe e me corta as asinhas... e o ciclo recomeça...

terça-feira, março 22, 2005

Estou de volta depois de mais ou menos dez dias de sol e mar...
Estive em um lugar lindo, a Praia da Armação, em Floripa. Estava lá com a minha família, o que não acontecia há alguns anos. A casa ficava literalmente na beira da praia, eu via e ouvia o mar o dia inteiro, a areia da praia era praticamente o pátio da casa...
A minha priminha de cinco anos garantiu a diversão de todo mundo com perguntas e observações. Uma delas era sobre como se os pais dela morressem, ela estaria livre pra fazer o que quisesse (isso dito na frente dos próprios...). Surgiram algumas palavras engraçadas também: o trapicho, as cores paraliticas, dentre outras...
Bom, agora tenho de voltar à vida normal, e tomar banho, tomar café, ir p a aula, ir trabalhar...

domingo, fevereiro 13, 2005

Tô com raiva.

Tô com raiva de todos os meus reflexos nestes espelhos. Da imperfeição e de cada uma das falhas que a constituem, ou impedem o azul.

Tô com raiva disto que estou escrevendo. Nada soa como eu gostaria. Nada diz o que quero dizer. A pressão interna é grande demais.

Tô com raiva da encruzilhada de cada dia. Cada dia são muitas escolhas, cada escolha um novo campo de possibilidades de escolha para o dia seguinte.

Tô com raiva da incompletude, deste processo interminável. Tô com raiva por saber que é assim mesmo, fazer o quê.

Tô com raiva das permanências, das insistências, de todas as coisas que não saem do lugar. De todos os erros e até dos acertos que se repetem.

Tô com raiva por tanta coisa ter mudado, algumas coisas não cabem mais nos lugares onde costumavam ficar. Não há mais espaço para elas.

Tô com raiva da dor das despedidas necessárias que vejo se aproximando.

Tô com raiva por nunca ter certeza da necessidade das coisas. Raiva da inconstância que me faz ir e voltar.

Tô com raiva da minha incomunicabilidade.

Tô com raiva por ter que chorar de vez em quando.

Tô com raiva da tristeza que se disfarça de ansiedade, e que fala sem parar ao invés de chorar de uma vez.

Tô com raiva. Tô com raiva. Tô com raiva. Tô com medo.

Tô com raiva de todo esse medo.

MEDO.

sábado, fevereiro 12, 2005

O texto ali de baixo foi escrito há algum tempo, achei ele num papelzinho durante uma das minhas tentativas de organizar meu canto. Achei interessante, fiquei viajando nessa história de flor-olho.

Não ando com muita vontade de escrever, mas achei que seria legal dar um sinal de vida, já que alguns poucos seres me visitam aqui e me enchem de alegria...

Hoje tive minha quarta aula prática na auto-escola. Foi horrível. Quase cheguei ao limite do stress aceitável quando se tem uma arma de grande porte como um carro nas mãos. Tô revoltada, profundamente revoltada com a precariedade da educação para o trânsito nessa porra de país (n sei direito como é nos outros), qualquer um consegue tirar carteira, qualquer um que tenha a grana pra pagar pelo processo, que é meio caro. Porra de educação!!! Ninguém sai preparado para esse trânsito maluco dessas aulinhas xoxas de auto-escola... Bom, podia ficar escrevendo muito sobre isso, tô muito revoltada, mas agora tenho q ir. Provavelmente não volto a esse assunto, minha revolta rapidamente se transforma em impotência e frustração e tristeza e aflição....

Até! São quatro da tarde e eu tô saindo pra almoçar.... típico....

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Meu travesseiro me parece uma janela que deixa ver um lilás e duas flores, uma de cada lado do branco que corta a janela ao meio.
Mas as duas flores também parecem dois olhos disformes e distraídos, pensando nas suas vidas de flor-olho que olha e que se despetala igualzinho aos meus olhos castanhos-igual-ao-de-todo-mundo.
Estas flor-olhos ainda são cortadas por quatro linhas azuis horizontais que prendem o olhar da flor e que prendem flores do lado de lá do meu travesseiro.